Preview College Basketball 2023: Analisando o Top 25
Saiba como os melhores times do basquete universitário chegam para a nova temporada
Olá, fã do college!
A nova temporada do basquete universitário está batendo em nossa porta e, eu não vocês, mas estou mais do que pronto abri-la e estender um belo tapete vermelho para celebrar a chegada.
E a minha forma de fazer isso é escrevendo este preview dos principais candidatos a vencer o título nacional em abril. É impossível falar de todos os times. Não só em razão da limitação do formato de newsletter, mas também porque, atualmente, existem 351 programas ativos na Division I da NCAA.
Ao contrário do que acontece no college football, em que os times da primeira divisão são divididos (FBS e FCS), no basquete não há separação por divisão. Todos são elegíveis para disputar o torneio da NCAA que decide o campeão nacional da temporada.
Eu então utilizei o Top 25 divulgado pela Associated Press na semana passada como critério para decidir quais times resenhar. Muito provavelmente o futuro campeão nacional está nesse grupo. Mas também não dá para descartar aquela Cinderela que surge do nada para deixar as coisas mais divertidas.
A temporada, tanto do basquete masculino, quanto do feminino, começa no dia 6 de novembro. Portanto, fique de olho nas redes sociais do College Sports Brasil para ficar por dentro da programação dos principais jogos e das histórias mais importantes.
Vamos para as resenhas!
O que se desenhava ser uma dura offseason para os Fighting Illini virou um período de vários boas notícias para o programa. Começando pelo fato que a dupla Terrence Shannon Jr. e Coleman Hawkins não terem deixado o time como se esperava. Mantendo os seus principais destaques em casa, Illinois possui a experiência e a profundidade necessárias para desafiar Purdue e Michigan State, os pesos-pesados da Big Ten.
Principais jogos: vs Marquette (17/11); vs Florida Atlantic (05/12); at Tennessee (09/12); at Purdue (05/01); vs Michigan State (11/01).
A Alabama que nós vimos no ano passado e que faturou o título do torneio da SEC, não existe mais. Brandon Miller, Noah Clowney e Charles Bediako foram para a NBA, e Jaden Bradley, Jahvon Quinerly e Nimari Burnett se transferiram para outras escolas. Dos titulares, apenas Mark Sears permaneceu. O técnico Nate Oats, que entra na sua quinta temporada a frente da Crimson Tide, precisou então entrar no modo reconstrução. Do portal, ele trouxe Aaron Estrada (20,2 pontos por jogo em Hofstra) e Grant Nelson (17,9 PPJ em North Dakota State); do high school, o destaque é a chegada do recruta cinco estrelas Jarin Stevenson.
Principais jogos: at Ohio State (24/11); vs Purdue (09/12); at Creighton (16/12); at Arizona (21/12); at Tennessee (20/01).
Os Gaels sempre chegam com um time competitivo. Não será diferente este ano. Três titulares da última campanha, que os levararam até a segunda rodada do torneio da NCAA (perderam para UConn, que viria a se tornar o campeão nacional), retornam: Aidan Mahaney é o principal pontuador (média de 13,9 pontos por jogo na temporada passada); Mitchell Saxen é um exímio defensor e que também tem papel muito importante na reposição do ataque; e Alex Ducas, outro exímio pontuador (12,5 PPJ). Dentre os reforços, destaco a chegada do calouro Jordan Ross e de Mason Forbes (transferido de Harvard).
Principal jogador: vs San Diego State (17/11); vs Utah (28/11); at Boise State (02/12); at Gonzaga (03/02); vs San Francisco (21/02).
O primeiro ano do técnico Kyle Neptune em Villanova foi difícil. O tradicional time da Big East sequer conseguiu uma vaga no torneio da NCAA. Porém, a offseason foi tão produtiva que o time é agora uma escolha quase unânime nos Top 25 de pré-temporada. Além de poder contar o retorno de Justin Moore (13,5 PPJ), os Wildcats trouxeram do portal de transferências um trio de reforços que chegam para causar impacto imediato: TJ Bamba (15.8 PPJ em Washington State), Hakim Hart (11.4 PPJ em Maryland) e Tyler Burton (19.0 PPJ em Richmond).
Principais jogos: at Texas Tech (22/11); vs UCLA (09/12); vs Creighton (20/12); at Marquette (15/01); vs UConn (20/01).
A pré-temporada de USC foi bastante conturbada. Infelizmente, pelos piores motivos possíveis. O freshman Bronny James, filho da estrela LeBron James, sofreu em agosto uma parada cardíaca durante um treinamento dos Trojans e permaneceu internado por alguns dias. Felizmente, James recuperou bem e já voltou, inclusive, a frequentar as aulas em USC. Porém, seu futuro no basquete ainda não está claro. Certo mesmo é que o técnico Andy Anfield irá contar com a volta do armador Boogie Ellis (17.7 PPG) e a chegada do freshman Isaiah Collier, recruta nº 1 da classe de 2023. Espera-se que estes dois sejam os principais pontuadores do time na temporada.
Principais jogos: at Kansas State (07/11); vs Gonzaga (03/12); at Auburn (17/12); at Arizona (18/01); vs UCLA (27/01).
Entra ano e sai ano e Baylor continua com o status de contender perene dentro da Big 12. O trabalho de Scott Drew, que iniciou em 2003 e conta com um título nacional no histórico (2021), continua digno de confiança, apesar dos reveses. Um deles foi a transferência de LJ Cryer para Houston. Para completar o baque sofrido pelo ataque durante a offseason, Keyonte George e Adam Flagler foram para a NBA. Assim, Drew se viu sem os seus três principais pontuadores. A transferência de RayJ Dennis (19.5 PPJ em Toledo) e Jayden Nunn (9,3 PPJ em VCU), porém, dão certa tranquilidade para encarar um dos calendários mais difíceis de todo college.
Principais jogos: at Michigan State (16/12); at Duke (20/12); at Texas (20/01); at Kansas (10/02); vs Houston (24/02).
Pouca coisa deu certo com os Tar Heels na temporada passada. Depois de chegarem a final nacional no primeiro ano de Hubert Davis como técnico a coisa degringolou. O time então se tornou o primeiro time a ser ranqueado como nº 1 na pré-temporada e sequer se classificar para o torneio da NCAA desde 1985, quando ele se expandiu para 64 times. A exceção de Caleb Love (que se transferiu para Arizona), o ponto focal deste time permenece sobre os mesmos caras: RJ Davis (16.1 PPJ) e Armando Bacot (15.9 PPJ). Cormac Ryan (12.3 PPJ em Notre Dame) e Harrison Ingram (10.5 PPJ em Stanford) chegam para complementar o time titular.
Principais jogos: vs Tennessee (29/11); at UConn (05/12); at Kentucky (16/12); vs Duke (03/02); at Miami (26/02).
Esperava-se que Texas entraria no modo reconstrução assim que o técnico Chris Beard foi demitido em janeiro após comandar o time por 8 jogos na temporada. Porém, o substituto Rodney Terry entregou uma temporada de 29 vitórias, de título do torneio da Big 12 e de participação no Elite Eight do March Madness. Será interessante ver que cara Texas vai ter depois de uma offseason inteira com o novo técnico. Os transferidos Max Abmas (21.9 PPJ em Oral Roberts) e Kadin Shedrick (6.2 PPJ em Virginia) devem se aliar a Tyrese Hunter (10.3 PPJ) e Dylan Disu (8.8 PPJ) para formar a espinha dorsal desse time.
Principaiss jogos: at Marquette (06/12); vs LSU (16/12); vs Baylor (20/01); at Houston (17/02); at Kansas (24/02).
Que sensação foi San Diego State na temporada passada! Por muito pouco uma Cinderela não venceu o March Madness. Os Aztecs pararam apenas em UConn na final nacional. Agora, Brian Dutcher precisar lidar com a perda de vários veteranos daquele time. Daqueles que retornam, Darrion Trammell (9.9 PPJ) e Lamont Butler (8.7 PPJ) são os maiores destaques. Porém, Reese Dixon-Waters (9.8 PPJ em USC) chega para atrair muitos holofotes depois de um ano fazendo parte do “Pac-12 Sixth Man of the Year”.
Principais jogos: at BYU (20/11); at Saint Mary’s (17/11); vs Stanford (21/12); at Gonzaga (29/12); at Boise State (20/01).
Não há dúvida nenhuma sobre o talento reunido por John Calipari esse ano nos Wildcats. Contudo, há justificadas preocupações quanto a sua experiência. Do time titular projetado para começar a temporada, três são calouros (D.J. Wagner, Justin Edwards e Aaron Bradshaw). A atual classe de freshman, a melhor em vários anos no programa, aliado a alguns transferidos de impacto (como Tre Mitchell, vindo de West Virginia) e a outros que permaneceram na equipe (como Antonio Reeves), colocam Kentucky em boa posição para carimbar sua passagem ao torneio da NCAA pelo terceiro ano seguido.
Principais jogos: vs Kansas (14/11); vs Miami (28/11); vs North Carolina (16/12); vs Tennessee (03/02); vs Gonzaga (10/02).
O maior motivo de entusiasmo para os Aggies é o fato de que, daquele time que venceu 19 dos últimos 22 jogos antes da final do torneio da SEC (quando perderam para Alabama), apenas um titular não volta para este ano (Dexter Dennis). Ter a estrela Wade Taylor IV (16.3 PPJ) é um grande motivo de otimismo. Se o recém-chegado Jace Carter (16.6 PPJ em UIC) corresponder as expectativas em quadra, espere uma nova campanha de vaga no torneio da NCAA.
Principais jogos: at Ohio State (10/11); vs Houston (16/12); vs Kentucky (13/01); at Arkansas (16/01); at Tennessee (24/02).
Eric Musselman, que entra no seu quinto ano como técnico de Arkansas, levou os Razorbacks à pós-temporada em cada uma das últimas três temporadas. A sequência de três participações consecutivas no Sweet 16 é a mais longa do programa desde a sequência entre 1993-96. Se conseguir a vaga no NCAAT pelo quarto ano seguido será com um elenco bastante alterado. Quatro jogadores foram para a NBA durante a offseason e Musselman trouxe seis jogadores transferidos via portal. Dentre todos, destaco Khalif Battle (17.9 PPJ em Temple) e Tramon Mark (10.1 PPG em Houston).
Principais jogos: at Stanford (22/11); vs Duke (29/11); vs Texas A&M (16/01); vs Kentucky (27/01); vs Tennessee (14/02).
A maior dúvida deste time de Miami é como Jim Larrañaga tentará reproduzirr a vitoriosa campanha de Final Four do ano passado após as saídas de Isaiah Wong e Jordan Miller. A chegada de Matthew Cleveland (13.8 PPJ em Florida State) parece ser apenas parte da resposta. Será preciso que algum dos coadjuvantes da temporada passada, como Nijel Pack (13.8 PPJ) e Wooga Poplar (8.7 PPJ), assumam o protagonismo e sejam o líder técnico que esse time precisa.
Principais jogos: at Kentucky (28/11); vs Colorado (10/12); at Virginia (05/02); vs North Carolina (10/02); vs Duke (21/02).
Na última campanha, Os Wildcats fizeram uma ótima temporada regular, mas decepcionaram no torneio da NCAA, não passando da primeira rodada. Para não repetir a história, Tommy Lloyd deu preferência para jogadores experientes, que podem lidar melhor com a pressão típica que recai sobre os atletas da equipe. Caleb Love (Arizona), Jaden Bradley (Alabama) e Keshad Johnson (San Diego State) formam o melhor grupo de transferidos que um programa foi capaz de recrutar nesta offseason.
Principais jogos: at Duke (10/11); vs Michigan State (23/11); at Purdue (16/12); vs Alabama (21/12); vs USC.
A era Drew Timme acabou em Gonzaga. Mas os Bulldogs não estão apenas sem o principal jogador do time nas últimas quatro temporada. Mark Few também não poderá contar com Julian Strawther, Rasir Bolton e Malachi Smith. Dos principais pontuadores dos Bulldogs na temporada passada, apenas Anton Watson retorna. Para preencher as lacunas do elenco, Few atuou forte no portal e garantiu as transferências de Ryan Nembhard ((12.1 PPJ em Creighton), Graham Ike (19.5 PPJ em Wyoming) e Steele Venters (15.3 PPJ em Eastern Washington).
Principais jogos: vs Purdue (20/11); at USC (03/12); vs UConn (16/12); vs San Diego State (29/12); at Kentucky (10/02)
Ao lado de San Diego State, Florida Atlantic foi a sensação da última temporada, chegando até o Final Four pela primeira vez na história da universidade. Antes disso, o time sequer tinha passado da primeira rodada do NCAA Tournament. Por isso, as previsões para a próxima temporada são as melhores possíveis, já que o técnico Dusty May realizou a façanha de manter todos os cinco titulares no time, não perdendo nenhum jogador para o portal de transferências ou para a NBA.
Principais jogos: at Illinois (05/12); at Arizona (23/12); at Tulane (11/01); vs Temple (15/02); at Memphis (25/02).
Os Volunteers tem sido um dos melhores times da SEC graças a sua sólida defesa. Por isso, a maior parte dos reforços que Rick Barnes trouxe para o time são de jogadores essencialmente ofensivos. De Northern Colorado, ele trouxe Dalton Knecht, que vem de uma temporada de 20,2 pontos por jogo. Do high schooll veio Freddie Dilione, um dos calouros de maior potencial desta classe e que deve ter impacto imediato. A expectativa é que o time chegue forte para disputar o título da SEC, que, aliás, está recheado de times competitivos nesta temporada.
Principais jogos: at North Carolina (29/11); vs Alabama (20/01); at Kentucky (03/02); at Texas A&M (10/02); at Arkansas (14/02).
Apesar da saída de dois titulares (Ryan Nembhard e Arthur Kaluma), os Bluejays continuam com um elenco qualificado o suficiente para repetir a campanha que os levaram até o Elite 8 no ano passado. Ryan Kalkbrenner será o lider deste time, tendo um papel essencial tanto na defesa quanto no ataque. Outra peça importante será o ala-armador Trey Alexander, que rejeitou a NBA e decidiu volta para o seu terceiro ano em Creighton. Dentre os reforços, destaco a chegada do armador Steven Ashworth, transferido de Utah State, que chega para repor a saída de Nembhard.
Principais jogos: at Oklahoma State (30/11); vs Alabama (16/12); at Marquette (30/12); at UConn (17/01); at Villanova (09/03).
Depois de uma temporada muito bem sucedida, quando chegaram até o Sweet 16 no NCAAT, o desafio de Houston é continuar sendo competitivo. A partir desta temporada, Houston jogará na Big 12, uma das conferências mais fortes do país no basquete. Felizmente, Jamal Shead (10,5 PPJ) e J'Wan Roberts (10,0 PPJ) retornam para mais uma temporada, enquanto que Kelvin Sampson garantiu dois importantes reforços com a chegada de LJ Cryer (15.0 PPJ em Baylor) e Damian Dunn (15.3 PPJ em Temple).
Principais jogos: at Xavier (01/12); at Texas A&M (16/12); at Texas (29/01); at Kansas (03/02); at Baylor (24/02).
Os atuais campeões nacionais chegam para a nova temporada com o desafio de substituir diversos jogadores importantes. Adama Sanogo (17,2 pontos por jogo), Andre Jackson Jr. (6,7 PPJ) e Jordan Hawkins (16,2 PPJ) não estão mais no time e agora cai nos ombros de Alex Karaban (9.5 PPJ) e Tristen Newton (9.9 PPJ) a responsabilidade de conduzir o time ao bicampeonato, algo que não acontece desde quando Florida venceu em 2006 e 2007. Dentre os reforços, Dan Hurley contará com o freshman Stephon Castle e Cam Spencer (13.2 PPJ em Rutgers).
Principais jogos: at Kansas (01/12); vs North Carolina (05/12); at Gonzaga (16/12); at Creighton (20/02); at Marquette (06/03).
Marquette ganhou quase tudo em 2022: o título da temporada regular e o do torneio da Big East. Só não ganhou o March Madness. Mas dá para dizer que venceu o campeão nacional, UConn, duas vezes, inclusive na final da conferência. Deste time altamente competitivo, a exceção de Olivier-Maxence Prosper (que decidiu virar profissional), todos os titulares retornam para tentar repetir o feito. Liderados por Tyler Kolek (12.9 PPJ) e Kam Jones (15.1 PPJ), o time deve ter novamente um dos melhores ataques da temporada.
Principais jogos: vs UCLA (21/11); vs Texas (06/12); vs Creighton (30/12); at Villanova (30/01); at UConn (17/02).
Os Spartans foram escolhidos como o nº 4 do país em razão de ter um dos elencos mais profundos de todo o college. O desafio de Tom Izzo será encontrar o equilíbrio ideal entre jogadores de muita experiência (Tyson Walker and A.J. Hoggard) e calouros promissores (Xavier Booker, Jeremy Fears e Coen Carr). Michigan State está em condições de superar a campanha do ano passado, quando foram eliminados para Kansas State no Sweet 16 do NCAAT.
Principais jogos: at Duke (14/11); at Arizona (23/11); vs Baylor (16/12); at Michigan (17/02); vs Purdue (02/03).
Depois de muita expectativa de que viraria profissional, Zach Edey decidiu de última hora voltar para mais uma temporada no college. A decisão de permanecer em West Lafayette coloca Purdue como favorito de repetir o título da temporada regular e do torneio da conferência da Big Ten. Ajuda muito também o fato do núcleo principal da equipe ter permanecido intacto. O técnico Matt Painter poderá contar com todos os cinco titulares do ano passado. O objetivo é colocar para trás o fiasco do time no March Madness, quando foi eliminado na primeira rodada para a gloriosa Farleigh Dickinson.
Principais jogos: at Gonzaga (20/11); at Alabama (09/12); vs Arizona (16/12); vs Michigan (23/01); vs Michigan State (02/03).
Os Blue Devils voltam para mais uma temporada com um elenco qualificadíssimo. O maior reforço é quem não saiu do time: o All-Freshman Kyle Filipowski. Ele é um potencial All-American e provável escolha de primeira rodada do NBA Draft. Mas ele não será destaque sozinho. Jon Scheyer, que chega para a temporada com o contrato renovado, também contará com Tyrese Proctor (9,4 PPJ) e Jeremy Roach (13,6 PPJ), bem como com o freshman cinco estrelas Jared McCain. Aliás, a atual classe de calouros de Duke (a 2ª melhor do país) conta ainda com o ala cinco estrelas T.J. Power, bem como com Sean Stewart e Caleb Foster (respectivamente, 22º e 23º melhores prospectos da classe).
Principais jogos: vs Arizona (10/11); vs Michigan State (14/11); at Arkansas (29/11); vs Baylor (20/12); at North Carolina (03/02).
Uma das transferências de maior impacto da offseason foi a saída de Hunter Dickinson de Michigan para Kansas. A chegada dele proporciona a Bill Self um dos jogadores mais dominantes dentro do garrafão no basquete universitário e uma base sólida sobre a qual ele pode construir seu ataque. Dickinson, aliado ao trio Dajuan Harris Jr., Kevin McCullar Jr. e K.J. Adams Jr., coloca os Jayhawks como o favorito para faturar ao título nacional. Porém, essa combinação precisa estar afinada logo no início da temporada. Os Jayhawks enfrentarão um dos calendários difíceis do college, com várias pedreira logo nas primeiras semanas (como Kentucky e UConn).
Principais jogos: at Kentuck (14/11); vs UConn (01/12); vs Houston (03/02); vs Baylor (10/02); vs Texas (24/02)
PICKS SEMANA 09 DO CFB
#6 OKLAHOMA at KANSAS (Sábado, 13h): Os Soones viajarão até Lawrence para enfrentar os Jayhawks, que jogarão mais uma vez com Jason Bean como quarterback titular. Ou seja, o ataque de Kansas apostará alto na explosão do RB Devin Neal para ter alguma chance neste jogo. Kansas tem um bom time e, no sábado passado, UCF provou que os Sooners não são imbatíveis. Não há bem um upset alert aqui, mas esse jogo tem potencial para ser bastante divertido. Palpite: Oklahoma.
#4 FLORIDA STATE at WAKE FOREST (Sábado, 13h): Os Seminoles estão com a campanha muito bem encaminhada para jogar a final da ACC em dezembro. Eles não enfrentarão os principais adversários diretos, Louisville e North Carolina. Portanto, no papel, eles terão um final suave de temporada, sendo franco favoritos em todas as partidas restantes, inclusive contra Wake Forest neste sábado. Palpite: Florida State.
#7 OREGON at #13 UTAH (Sábado, 16h30): O calendário esse ano não favoreceu muito os Ducks. Pegar tanto Washignton quanto Utah fora de casa é um caminho bem curto para se chegar às duas derrotas. Especialmente contra os Utes, que há 27 jogos não sabem o que é perder em Salt Lake City. O que deixa esse jogo tão imprevisível é o fato que Oregon é o único time que tem tanto o ataque aéreo quanto o terrestre entre os 10 melhores do college. A defesa de Utah precisará dar um passo além na sua evolução se quiser sair deste jogo com a 28ª vitória seguida em casa. Palpite: Utah.
FLORIDA vs #1 GEORGIA (Sábado, 16h30): O clássico anual entre Gators e Bulldogs, que leva o curioso nome “The World's Largest Outdoor Cocktail Party”, terá uma história muito interessante de se acompanhar: como Georgia vai se comportar sem Brock Bowers? Os Bulldogs não sabem o que é jogar sem o seu tight end há três anos! Palpite: Georgia.
#3 OHIO STATE at WISCONSIN (Sábado, 20h30): Sábado passado, os Buckeyes vem de uma vitória maiúscula sobre Penn State e os Badgers precisaram de uma virada de 18 pontos no quarto período sobre Illinois. Wisconsin é o terceiro melhor da Big Ten em jardas de corrida por jogo (180,4), mas está sem o seu QB titular. Se Ohio State colocar em campo a mesma defesa que parou um dos melhores ataques do college no último sábado, o jogo terá um placar bastante desiquilibrado a seu favor. Palpite: Ohio State.
GIRO DO COLLEGE
» COLLEGE FOOTBALL
■ Connor Stalions, analista da comissão técnica de Michigan e que teria papel central no suposto esquema de roubo de sinais dos adversários, teria comprado ingressos para assistir mais de 30 jogos, envolvendo 11 escolas da Big Ten, nos últimos três anos. (ESPN)
■ A operação supostamente conduzida por Stallions era conhecida por vários técnicos do college. Inclusive por TCU, com quem Michigan jogou a semifinal nacional na temporada passada. Os Horned Frogs teriam então utilizado sinais falsos durante aquele jogo para enganar a comissão técnica dos Wolverines. O placar final foi 51-45 para TCU. (Yahoo Sports)
■ Os problemas de Michigan não se limitam a investigação da NCAA sobre a suposta operação de roubo dos sinais das sidelines do adversários. A entidade também investiga se Michigan violou ou não regras de recrutamento durante o dead period da Covid-19. Essa investigação, inclusive, foi o que provocou a autoimposta suspensão de 3 jogos de Jim Harbaugh no início da temporada. Para completar a má-fase do programa fora do campo, a universidade confirmou que o FBI se juntou a investigação interna conduzida para averiguar eventuais crimes cometidos por Matt Weiss, auxiliar demitido em janeiro em razão de acesso não autorizado a email da universidade. (The Athletic)
■ Depois de semanas de negociações, a AAC oficializou a adesão de Army à conferência a partir de 2024. A mudança vale exclusivamente no futebol americano e coloca fim a sequência de 19 anos dos Black Knights como programa independente. O clássico anual entre Army e Navy, jogado tradicionalmente no sábado seguinte a semana dos finais de conferência, será considerado um jogo fora do calendário da AAC. (The Athletic)
■ Quinn Ewers ficará de molho por tempo indeterminado em razão de uma lesão do ombro no braço direito sofrida durante a partida contra Houston, no sábado passado. O head Steve Sarkisian confirmou que, por ora, Malik Murphy será o QB titular em sua ausência. (ESPN)
■ O QB Cade McNamara, que lesionou o ligamento do joelho durante o jogo contra Michigan State e não joga mais nessa temporada, confirmou em suas redes sociais que jogará em Iowa em 2024. O anúncio veio após realizar a cirurgia no joelho. (ESPN)
■ Kevin Sumlin, co-coordenador ofensivo de Maryland, foi preso na Flórida no sábado passado acusado de dirigir embriagado. O head coach dos Terrapins, Mike Locksley, afirmou durante a semana que Sumlin foi afastado das atividades da equipe. (ESPN)
» COLLEGE BASKETBALL
■ A Associated Press divulgou o resultado do time All-American de pré-temporada. Zach Edey, de Purdue, foi a única escolha unânime dos 60 votantes que elaboraram o time. Armando Bacot (North Carolina), Hunter Dickinson (Kansas), Kyle Filipowski (Duke) e Tyler Kolek (Marquette) completam o time. (Associated Press)
■ A seleção feminina, também divulgado pela AP, conta conta com Caitlin Clark (Iowa), Angel Reese (LSU), Paige Bueckers (UConn), Cameron Brink (Stanford), Elizabeth Kitley (Virginia Tech) e Kenzie Holmes (Indiana). (Associated Press)
■ Tasha Butts, técnica do basquete feminino de Georgetown, faleceu na última segunda-feira após uma longa batalha contra o câncer de mama. Ela tinha 41 anos. Tasha chegou de Georgia Tech para treinar Georgetown em abril. (ESPN)
» COLLEGE SPORTS
■ Duas ginastas com passagem pela ginástica artística de Utah relataram a existência de uma cultura de abuso moral e emocional dentro do programa. Kara Eaker e Kim Tessen foram às redes sociais para relatar, sem citar nomes, os abusos sofridos por elas de membros da comissão técnica durante os anos que permaneceram na universidade. Utah não quis se manifestar a respeito. (ESPN).