Hot seat update: os técnicos à beira da demissão no college football
Confira os cinco principais head coachs que estão na hot seat
Olá, fã do college!
Essa tem sido uma temporada atípica no college football quando o assunto é a dança das cadeiras dos treinadores. Até o momento, apenas duas universidades demitiram o seu head coach. Mas ambos foram por problemas extra-campo, não relacionados ao desempenho do time.
A esta altura na temporada passada seis escolas já tinham demitido os seus técnicos: Georgia Tech, Nebraska, Arizona State, Colorado, Wisconsin e Auburn.
Em 2023, Northwetern demitiu Pat Fitzgerald ainda na pré-temporada em razão das denúncias de existência de uma cultura de trotes dentro do programa. Em setembro, foi a vez de Michigan State demitir Mel Tucker em razão dos supostos assédios cometidos por ele contra uma profissional a serviço da universidade.
Mas nenhuma dessas demissões estão relacionadas a resultados ruins. Mas isso não significa que não há treinadores bastante ameaçados pela baixa qualidade do futebol americano praticados por seus times.
A seguir, eu listei os cinco principais nomes nesta situação.
» DINO BABERS (Syracuse)
Os tempos de Babers em Syracuse é a própria definição de altos e baixos, seja analisando pelo aspecto micro (uma temporada), seja olhando o aspecto macro (seus 8 anos no programa). O técnico começou a temporada 2023 bastante pressionado, mas as 4 vitórias seguidas no início da temporada tinha amenizado um pouco a pressão. Porém, ela voltou tão logo começou o calendário da ACC. O time ainda não venceu dentro da conferência e já acumula três derrotas seguidas. Essa situação é bem parecida com a do ano passado, quando Syracuse venceu as seis primeiras partidas e depois engatou uma sequência de cinco derrotas. A cada semana que passa, parece mais que Babers está mais perto de reproduzir a tenporada de 10 derrotas de 2020 do que a temporada de 10 vitórias de 2018.
» JIMBO FISHER (Texas A&M)
Quando se fala em hot seat, impossível não surgir na mente de todos a imagem de Jimbo Fisher. Não é para menos, ele é o oitavo técnico mais bem pago do college football e, desde que foi contratado, o desempenho de Texas A&M é apenas mediano. Olhando os números, a situação fica pior. O time vem de uma sequência de oito derrotas seguidas jogando fora de casa. São nove derrotas nos últimos 12 jogos contra oponentes da Power 5. Texas A&M sequer se classificou para a bowl season no ano passado. Esse vexame não deve acontecer esse ano, considerando que precisa de apenas mais duas vitórias nos próximos cinco jogos (sendo um deles contra um time da FCS). Porém, isso está muito aquém do esperado de um técnico que já foi campeão nacional e cuja universidade despeja um caminhão de dinheiro dentro programa para disputar títulos. Para os Aggies se livrarem de Fisher, um novo caminhão de dinheiro será necessário: o seu buyout é estimado em inacreditáveis 76 milhões de dólares!
» JEFF HEFLEY (Boston College)
O começo de temporada dos Eagles foi difícil. No primeiro jogo da temporada, foram derrotados por Northern Illinois, que está longe de ser o time competitivo dos últimos anos. Depois vieram derrotas para Florida State e Louisville. As vitórias sobre Holly Cross, Virginia e Army foram todas por uma margem apertada de pontos. Esse desempenho, colocado ao lado da temporada de 3-9 do ano passado, não sinaliza nenhuma evolução do trabalho de Hafley, que está em seu terceiro ano no comando do programa. A fanbase parece já não botar mais fé no seu trabalho, considerando o baixo comparecimento da torcida nos jogos em casa. A boa notícia é que o calendário do restante da temporada não é difícil. Georgia Tech, UConn, Syracuse, Virginia Tech, Pitt e Miami são os próximos adversários. Se os Eagles terminarem com pelo menos seis vitórias, a possibilidade de Hagley ser mantido no cargo serão grandes.
» SAM PITTMAN (Arkansas)
Quando Pittman chegou em Fayetteville em 2021, a situação dos Razorbacks estava péssima. Foram apenas duas vitórias na temporada 2020. Mas não demorou para que ele mostrasse resultados. Foram nove vitórias em 2021 e sete em 2022, com direito a duas vitórias em bowls. Por isso, não deixa de ser surpreendente o péssimo desempenho atual da equipe. Já são cinco derrotas consecutivas. A impressão que dá é que o programa regrediu em relação ao momento que Pittman assumiu. A boa notícia é que, dos últimos cinco jogos até o fim do ano, Arkansas joga quatro deles em casa. Mesmo assim, é improvável que o time jogue a bowl season no final do ano.
» TOM ALLEN (Indiana)
Indiana foi uma sensações da temporada da pandemia. Puxados pelo talento do QB Michael Penix Jr., os Hoosiers terminaram o ano com seis vitórias e duas derrotas. Pela primeira vez em cerca de meio século, o time tinha terminado a temporada ranqueado no Top 15. Porém, desde então, foi ladeira abaixo: 22 derrotas e apenas 8 vitórias. Jogando dentro da Big Ten o recorde está abaixo do medíocre: 2 vitórias e 19 derrotas. As duas vitórias desde ano foram contra Indiana State (da FCS) e Akron. A exemplo do que ocorre com Jimbo Fisher, o que mais segura o emprego de Allen é o buyout. Demitir o head coach custaria a Indiana cerca de 20 milhões de dólares, valores muito altos para o porte da universidade.
Menções (nem tão) honrosas: Butch Jones (Arkansas State), Dave Aranda (Baylor), Danny Gonzalez (New Mexico), Dana Holgorsen (Houston) e Ken Wilson (Nevada).
MELHORES JOGOS DA SEMANA 8
#7 PENN STATE at #3 OHIO STATE (Sábado, 13h) | Nittany Lions versus Buckeyes é sempre um dos jogos mais importantes do calendário da Big Ten. Mas este ano será especial. Não faltam histórias interessantes para acompanhar no jogo deste sábado. Como Penn State vai performar no seu primeiro grande desafio da temporada? Será que James Franklin finalmente vencerá um jogo importante dentro da conferência fora de casa? Será que Emeka Egbuka, TreVeyon Henderson, Denzel Burke e Miyan Williams estarão 100%? Como é possível perceber, atrativos não faltam. Este será o primeiro de uma sequência de três jogos entre os três principais times da Big Ten East. Penn State, Ohio State e Michigan jogarão entre si e decidirão quem vai jogar a final da conferência e, provavelmente, os playoffs. Palpite: Ohio State.
#17 TENNESSEE at #11 ALABAMA (Sábado, 16h30) | Essa será a reedição do melhor jogo da temporada passada. Quem não se lembra da vitória dos Volunteers que causou a mais incrível invasão de campo da história do college, quando as traves do campo foram arrancadas do campo e levadas até o rio Tennessee? O jogo deste sábado será em Tuscaloosa e uma cena equivalente está longe de ser uma possibilidade. Mas ainda assim, esse será um jogo importante para Alabama, que ainda possui plenas condições de vencer a SEC e abocanhar uma vaga no College Football Playoff. Já Tennesse está em busca da primeira vitória de peso da temporada. Mas ela não deve vir neste sábado. Joe Milton tem tido problemas de precisão nesta temporada e eles não devem terminar diante de uma defesa tão dominante quanto a de Alabama. Palpite: Alabama.
#2 MICHIGAN at MICHIGAN STATE (Sábado, 20h30) | A rivalidade entre Wolverines e Spartans é uma das mais quentes do esporte universitário. E nessa semana ela ganhou um inesperado reforço. A NCAA está investigando Michigan por um suposto esquema de roubo de sinais dos adversários. A prática possibilita que o time saiba qual jogada o adversário prever qual jogada será executada. Com certeza, essa revelação terá um peso no confronto deste sábado, especialmente por parte da torcida dos Spartans, que não deve poupar as suspeitas de trapaça do adversário. Afinal, essa é uma torcida que precisa de uma alegria. Michigan State ainda não venceu desde que Mel Tucker foi demitido e vem de uma dolorida derrota no última sábado contra Rutgers, quando deram aquela entregada fenomenal, desperdiçando uma vantagem que era de 18 pontos no final do terceiro quarto. Isso não deve acontecer neste sábado. Michigan deve assumir uma ampla liderança logo cedo e não deixar o jogo parelho em nenhum momento. Palpite: Michigan.
#16 DUKE at #4 FLORIDA STATE (Sábado, 20:30) | Pela segunda vez na temporada, Florida State volta a enfrentar um time ranqueado (o primeiro foi LSU, na semana 1) e provavelmente será a última. Dos próximos adversários dos Seminoles (Wake Forest, Pitt, Miami, North Alabama e Florida), acredito que somente os Gators possuem potencial para chegarem ranqueados a tempo do confronto. Isso significa que, se vencerem Duke, o time estará com o caminho aberto para se classificar para a final da ACC. Para tanto, contará com o retorno do WR Johnny Wilson (que desfalcou o time no sábado passado) e do LT Bless Harris (que perdeu os últimos dois jogos por lesão). Pelo lado dos Blue Devils, existe a expectativa de que o QB Riley Leonard esteja recuperado da lesão no tornozelo esquerdo que o tirou dos últimos jogos. Palpite: Florida State.
#14 UTAH at #18 USC (Sábado, 21h) | Bastou apenas uma derrota para todo o hype que existia sobre os Trojans escorrer pelo ralo. A derrota para Notre Dame afetou, inclusive, as chances de Caleb Williams faturar o seu segundo Heisman Thophy e ser a escolha nº 1 do próximo Draft. Por isso, o jogo deste sábado contra Utah é tão importante. Vencer na frente da própria torcida e em cadeia nacional um time ranqueado seria uma maneira perfeita de reverter a narrativa e se manter na briga pela final da Pac-12 e uma vaga nos playoffs. Para a sorte de USC, o ataque dos Utes ainda estará sem o QB Cam Rising. Porém, considerando que a defesa de USC não tem sido mais que um incômodo para os ataques adversários, é possível que os Utes acompanhem os Trojans em um tiroteio neste sábado a noite. Palpite: USC.A
» COLLEGE FOOTBALL
■ Michigan está sendo investigado pela NCAA em razão de suspeitas de roubo de sinais dos adversários. O programa comandado por Jim Harbaugh estaria enviando observadores para assistir pessoalmente os jogos dos futuros e potenciais oponentes desta temporada, o que é proibido pelas regras da NCAA. O objetivo é poder saber a jogada que o time vai chamar antes mesmo dela acontecer. Michigan State, adversário dos Wolverines neste sábado e que supostamente também seus sinais roubados, chegou a considerar não entrar em campo, mas abandonou a ideia. (Yahoo Sports)
■ A investigação da NCAA estaria centrada em Connor Stalions, um analista da comissão técnica dos Wolverines com background militar. Sua participação seria tão significativa que a NCAA buscou ter acesso aos seu computador como parte das investigações. (ESPN)
■ Vários jogadores importantes irão reforçar Ohio State para o clássico contra Penn State neste sábado. O técnico Ryan Day disse estar confiante que o WR Emeka Ogbuka, o CB Denzel Burke e o RBs TreVeyon Henderson e Miyan Williams estarão recuperados da lesão a tempo para o jogo. (ESPN)
■ Brock Bowers será submetido a uma cirurgia no tornozelo esquerdo e provavelmente perderá o restante da temporada regular. Estima-se que o tempo de recuperação fique entre quatro e seis semanas. Porém, o head coach dos Bulldogs, Kirby Smarts, não quis dar nenhuma previsão de retorno. (ESPN)
■ Wisconsin confirmou que Braedyn Locke será o quarterback titular da equipe depois que Tanner Mordecai quebrou a mão durante a derrota contra Iowa. Locke havia lançado apenas um passe em sua carreira universitária antes de substituir Mordecai no segundo tempo da partida do último sábado. Mordecai não tem prazo para retornar aos treinamentos. (Associated Press)
■ O ataque de Iowa está prestes a ficar pior do que está. Depois de perder o QB Cade McNamara até o fim da temporada por lesão, agora os Hawkeyes precisarão lidar com a ausência do TE Erick All. O jogador, que lidera o time em jardas recebidas na temporada, lesionou o ligamento cruzado anterior e não deve retornar à campo novamente esse ano. (ESPN)
■ O head coach de South Carolina, Shane Beamer, revelou que quebrou o pé direito após chutar "alguma coisa" durante um momento de frustração durante a derrota dos Gamecooks para Florida no último sábado. (Associated Press)
■ A organização do Bahamas Bowl divulgou um comunicado informando que o jogo não será disputado no Thomas A. Robinson National Stadium em Nassau neste ano em razão das obras de renovação do estádio. O bowl não foi cancelado, mas deve ser jogado em um outro local, provavelmente fora de Bahamas.
» COLLEGE BASKETBALL
■ A Associated Press divulgou no começo da semana o Top 25 de pré-temporada do basquete masculino universitário. Kansas Jayhawks ficou com a primeira posição, sendo o time n° 1 de 46 dos 63 votantes. Essa terceira vez que o time foi eleito o melhor do país antes da temporada começar desde que o técnico Bill Self assumiu o programa em 2003. Duke (11 votos) e Purdue (3 votos) também receberam votos de primeiro lugar. (Associated Press)
■ A AP também divulgou o Top 25 do basquete feminino. A atual campeã nacional LSU, da estrela Angel Reese, foi escolhida como a equipe n° 1 do basquete feminino universitário no Top 25 da Associated Press divulgado hoje. Recebeu 35 votos de primeiro lugar. A vice-campeã nacional Iowa, de Caitlin Clark, recebeu um voto de primeiro lugar. (Associated Press)
» COLLEGE SPORTS
■ Aconteceu no último domingo o "Crossover at Kinnick", evento onde o basquete feminino de Iowa enfrentou DePaul em um amistoso dentro do Kinnick Stadium, casa do football dos Hawkeyes. O Kinnick Stadium foi adaptado para receber um público de cerca de 55.646 pessoas, estabelecendo um recorde mundial para um jogo do basquete feminino, superando as 29.619 pessoas que assistiram a final do NCAAT entre UConn e Oklahoma em 2022. (CBS Sports)